JANELAS DE POESIAS
Admiro as janelas
Que abertas e desafiadoras
Eternas permanecem
Sem dobradiças, sem vitrais
Nem cortinas de rendas –
São livres pássaros,
Mas não voam
Deixam-se tingir
Com a espátula de nuvens
Repleta das cores do pôr do sol
E, apaixonadas
Com a presença da Lua
Devaneiam...
E ao amanhecer,
Plenas de orvalho
Inebriam-se
Com o distante aroma de café...
Misteriosas aquietam-se
Ao sentirem as primeiras
Gotas de chuva;
E os beijos do vento
Que as levam em surreais
Voos caleidoscópicos
Qual Êxtase,
Que sinto com os Carinhos Teus...
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. Foto: Vanice Zimerman
. Curitiba-PR (Julho/2022)