PRAZER ABSOLUTO

Que esta dúvida no olhar,

Não mude em nada o seu costume,

E que logo pela manhã, eu possa, sim,

Ter-te de longe, além das estrelas que há.

Ir ao encontro do desconhecido!

E dá de frente com a loucura da verdade.

Nem sei ao certo, quem realmente sou,

Muito menos, se é em você, a tal essência,

Que eu ando tanto a procurar.

Quanto mais nego, acabo por saber,

Que o privilégio de te querer,

É de suma, a força que tanto me faz,

Vir subitamente a ansiar-te sem temer.

E nesse oculto velado,

Ferindo-me a alma que repousa,

E que tanto, sozinha está acostumada,

Fugir das intempéries da última noite,

Deparando-se as portas fechadas.

Esta que está fora de meu alcance,

Cuja visão, não a vejo por um instante,

Mas sei que está lá, para abrir,

Caso me ajudes, a definitivamente adentrar.

Amor de todas as ocasiões,

Perco-me de fato, em suas emoções e,

Após a tortura imediata de meu ser,

Vejo-te como a poesia perfeita, nunca contestada.

Permita-me dar-te a rosa branca,

Sinal das contemplações e lembranças,

Até que eu seja banhado, pela cascata sagrada, e,

Minha vida esteja, literalmente, em tuas mãos.

Estaremos, talvez, em alguma parte,

Que seja misteriosa e encoberta a nós,

Entorpecidos das endorfinas que exalamos,

Como perfumarias de todos os aromas que temos,

Indispensáveis um para o outro, quanto às linguagens vivas,

Metafóricas e filosóficas de uma razão que não teremos,

Encurtando as distâncias, por entre os nossos devaneios,

Criando e Recriando os cenários, num só prazer absoluto.

Poema n.3.045/ n.16 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 17/02/2024
Código do texto: T8000885
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