PRAZER ABSOLUTO
Que esta dúvida no olhar,
Não mude em nada o seu costume,
E que logo pela manhã, eu possa, sim,
Ter-te de longe, além das estrelas que há.
Ir ao encontro do desconhecido!
E dá de frente com a loucura da verdade.
Nem sei ao certo, quem realmente sou,
Muito menos, se é em você, a tal essência,
Que eu ando tanto a procurar.
Quanto mais nego, acabo por saber,
Que o privilégio de te querer,
É de suma, a força que tanto me faz,
Vir subitamente a ansiar-te sem temer.
E nesse oculto velado,
Ferindo-me a alma que repousa,
E que tanto, sozinha está acostumada,
Fugir das intempéries da última noite,
Deparando-se as portas fechadas.
Esta que está fora de meu alcance,
Cuja visão, não a vejo por um instante,
Mas sei que está lá, para abrir,
Caso me ajudes, a definitivamente adentrar.
Amor de todas as ocasiões,
Perco-me de fato, em suas emoções e,
Após a tortura imediata de meu ser,
Vejo-te como a poesia perfeita, nunca contestada.
Permita-me dar-te a rosa branca,
Sinal das contemplações e lembranças,
Até que eu seja banhado, pela cascata sagrada, e,
Minha vida esteja, literalmente, em tuas mãos.
Estaremos, talvez, em alguma parte,
Que seja misteriosa e encoberta a nós,
Entorpecidos das endorfinas que exalamos,
Como perfumarias de todos os aromas que temos,
Indispensáveis um para o outro, quanto às linguagens vivas,
Metafóricas e filosóficas de uma razão que não teremos,
Encurtando as distâncias, por entre os nossos devaneios,
Criando e Recriando os cenários, num só prazer absoluto.
Poema n.3.045/ n.16 de 2024.