Lenda e Eternidade
Amor é tesouro
Amizade é arte
Os dois se completam
E nada mais falta no andar
Pois quando um beija o outro, o universo se transforma
É quando a rainha se torna camponesa
Para renascer com o canto da vida
Humana demais
Dominada pelos cinco sentidos
Enquanto cura sua aura
Eis a filha da lua, desde a pangeia
Admirando o recanto das brumas
De onde vem o recado da lenda
Do sagrado que tudo vê e decide
É quando ela, a musa, entende, finalmente
A lei do silêncio que faz esperar
Onde tantos comandos buscam confundir
Hoje sabe que existe o além desses mundos encarnados
De suas vontades faz segredo
O preserva, sem desatenções
Mas...
Damas também falham, e, sucumbem
Chamam o perdão dos filósofos
A assinatura máxima de seu mentor
A conferência de um grão-mestre
Na esperança de um sim, de um Bem
Posto que está diante deles o inevitável
Ah, o último segundo...
A última curva da jornada
Tudo flui, conversa, volta
Sem espaço para fugas e esconderijos
Flameja a realidade e suas promessas
As cerimônias acabam
A noite sopra a consciência
E a manhã é nova
Nas palmas é a feita a escolha
A incerteza perde seu lugar
Na carruagem onde almas se reconhecem
Sempre haverá algo ao qual se lançar
Uma mensagem dos ancestrais
Uma previsão
Tudo parece se encaixar
Para, por um segundo, se repelir sem querer
Em uma batalha de encantos, a pequena é uma estudante
Ousando olhar para o infinito
Buscando e corrigindo seu próprio coração
Se perguntando...
Se é certo... Se é possível...
Qual o sentido desses aperreios?
Grandes ondas e mares azuis lhe respondem:
"Como é sua essência?"
E a senhorita se recolhe, desarma
Se recicla e aceita
Revestida de letras
Navegando em banzeiros
E quando banhada de rosas, percebe
Caminhou devagar, chegou atrasada
Era o baile de sua própria coroação
Mas ela está serena
Aceita o abraço
O aperto de mão
Os ecos das lindas sinfonias
Sonha e sorri
É outra, agora
Uma moça farfalhando pela imensidão
Não está mais à deriva
Os pólos do planeta instruem...
Guiam, ela e todos
Desenhando nas estrelas a felicidade
Onde são crianças e ilimitados
Mãos dadas, deixando o século seguir
Com luz e paz
Vibrando como um novo alvorecer
Um novo "Olá"