Amigo, um longo adeus
Eu ajeitava meus óculos
enquanto escrevia
versos para o abismo
Você fez nascer em meu coração,
o amor que eu agora vejo morrer.
Não é sempre que estou assim
um anjo triste perto de mim.
Mas você se foi,
eu ajeitei meus óculos
e enxergava claramente agora.
Me arrastei até outro cômodo,
como no tilintar solene dos muitos outonos.
Eu peguei uma bebida, e meu amigo,
a saudade dói demais.
A alma é o fundamento da vida
O corpo é o entalhe da existência
E o espírito é a vida em si.
Mas chorando, você me disse, tudo aquilo que em suas orações não fez saber.
Você me disse,
Eu era gentil e esperta.
Você me disse
Eu tinha tudo pra ser feliz.
Na janela do último andar,
com a minha taça de vinho.
Eu lhe ofereço um drink,
enquanto uivo lullabies.
Eu era parte de você,
e me despeço
De alguém que era parte de mim.