Amor em sua própria amargura
Em um mar de espinhos, floresce o amor,
Em meio à dor, surge um clamor.
Um sentimento puro, mas envenenado,
Por um passado que não foi superado.
As lembranças pesam como pedras no peito,
E a cada sorriso, um fantasma desperto.
O amor se tinge de tons amargos,
E os sonhos se transformam em pesadelos.
Os olhos que antes brilhavam de alegria,
Agora carregam a marca da melancolia.
As palavras que antes eram doces canções,
Agora são apenas sussurros de desilusões.
O toque que antes era suave e terno,
Agora causa arrepios e tormento.
O amor que antes era um refúgio,
Agora é um campo de batalha, um conflito.
Mas mesmo na escuridão da amargura,
Ainda existe uma pequena chama, pura.
Uma esperança que teima em persistir,
De que um dia o amor possa florescer.
É preciso ter força para seguir em frente,
E curar as feridas que o tempo não consente.
Acreditar que a felicidade é possível,
E que o amor verdadeiro é invencível.
Lutar contra os fantasmas do passado,
E construir um futuro novo, abençoado.
Com amor e perseverança, superar a dor,
E encontrar a felicidade, mesmo que seja com sabor.
O amor em sua própria amargura,
É uma flor que luta para encontrar a cura.
É um pássaro ferido que tenta voar,
E um sonho que se recusa a se apagar.
Com o tempo e a força da superação,
O amor pode se libertar da amargura e da condenação.
E florescer novamente, mais forte e mais belo,
Em um jardim de felicidade, puro e elo.