Coitada da poesia!...
Coitada da minha poesia!
Que espalhei por ai...
Sempre falando de ti.
Das travessuras
Dos sonhos...
De um amor sem lei!
Sempre te carreguei no verso
Ora blasfemando...
Ora desdenhando, e sussurrando teu nome!
Ou morrendo na desilusão
Na infelicidade,
Talvez, na tristeza de um caminho sem saída.
Coitada da minha poesia!
Perdeu-se em seu próprio verso
E não quer mais sonhar, sente-se inútil para o amor.
Não sabe mais se expressar
Perdeu todo o seu encanto
Virou um conto de terror
Abortada no proprio verso
Ficou estéril, e quase sem vida
Não consegue mais parir...
Coitada de minha poesia!
Que de tanta dor...
Morreu dentro de minh'alma!
Onde jaz:
Edificada no silêncio eterno!
#M#