A matemática do vazio
Nada tenho de matemático
As contas que faço
São fruto das sensações
Gosto de uma estrela
De cada vez
Ignorando que ao lado dela
Estão mais uns triliões
Ignoro as probabilidades
De te voltar a encontrar
Sabendo que um computador quântico
Me iria dizer
Se devo ou não por ti esperar
Não faço a estatísticas
Porque não as sei fazer
De se gastei mais tempo
A olhar para o céu
Ou se para as ruas aqui na Terra
Onde um dia nos cruzámos
Para no outro nos termos perdido
Não transformo esse sentir
Numa equação
Para me sentir menos ferido
Porque és a tal estrela
Que ocupa todo o universo do meu pensamento
Uma alegria
Uma tristeza
Que a fria
Matemática
Nunca seria capaz de traduzir
És o meu caminho no céu
Que mesmo ausente
Me dizes sempre para onde devo ir…