ALMA EXPOSTA
Ah, como não poderia ser,
O sorriso que move meu templo,
O inevitável que tenho no tempo,
Para apenas me jogar em teus braços,
E teus anseios, poder alguma vez, sentir.
Preciso tanto do teu olhar!
Existe tanta pressa de amar,
Ou falar o que for, nem que seja de uma rosa,
Somente para a ti, me entregar.
E teu beijo tomar pela manhã,
Em cada despertar de um só dia!
Depois ter em mim as lembranças infinitas,
Num momento inteiro de prazer.
Quem sabe até, o teu cheiro em todo ambiente,
Poder vivenciar o deslumbre que dás,
Desconfortando-me como nunca pude querer,
Onde a alma exposta faz-me o sol adormecer.
Quem me dera ser o seu dono!
Escrevendo-te nos pergaminhos das estrelas e,
Seu corpo quente, a queimar minha substância,
Revelando-me assim, na incerteza absurda,
O destino que antes, fora-me impróprio.
Ao seu lado talvez haja,
Uma mudança imensurável!
Oposto de mim próprio,
Nesta noite tão ingênua.
Que sois semelhantes à lua?
A saída que quero para estar longe,
Dessa imperfeita loucura que me arrasta!
Adentrando nas estruturas poéticas suas,
Para deixar-te, enfim, para sempre, eternizada.
E meramente próxima dos lírios dos campos,
Guiando-me, ao segurar minha mão, entre elos,
Dos quais, possas ser fruto de minha imaginação,
Sumindo, sem que eu note os seus verdadeiros traços.
Ainda estou ofegante num lugar desconhecido,
Mas que entendo, estar sendo banhado pelas águas,
Da distância, no qual é o contrato que assinei com sangue.
Poema n.3.042/ n.13 de 2024.