Ensandecidos

No calor, com brindes, celebrávamos,

Em noite abrasadora, nossos olhos se insinuavam,

No céu alegres, as estrelas dançantes,

E ao romance a lua, convidava os amantes.

Sem destino, adentramos o carro,

Para trás, ficou a cidade,

Fomos privilegiados, porque lá do alto,

Com a bela vastidão, nos deslumbramos.

Contemplávamos as luzes,

Ninando o povo a dormir,

Nossas mãos entrelaçadas, se buscavam,

A magia daquela hora, testemunhavam.

Nossos lábios, ansiosos e ardentes,

Em beijos demorados, se entregavam,

Foram intensos, aqueles momentos,

Naquela noite quente, apaixonada.

Ao longe, nossas roupas lançadas,

No asfalto, dois corpos despidos,

Ávidos, loucos e destemidos,

Envolvidos na paixão, ensandecidos.

No breu, perdemos o nosso pudor,

Insanidade ou irresponsabilidade,

Nada nos importou, apenas o asfalto,

Ele foi o leito, de nossa loucura de amor.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 05/02/2024
Código do texto: T7992665
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