Jamais morrerá!
As flores permanecem lá.
Jardim a ser regado,
verso que resistiu ao irresistível passado,
juramento convicto, docemente duvidoso
no palpitar do coração
cansado, que jamais cansou
de sonhar, de amar,
de ser inteiramente teu.
As flores permanecem lá.
Horizontes sonhados pela nossa retina.
Universos criados pela nossa união.
Descendência de versos que desabrocham
dia após dia a realidade eternizada na
memória que se esquece em momentos
emoldurados de fotografias.
Não sei se reparas, minha menina...
Jamais morrerá!