Líquido
Não se pode mensurar o sabor,
o dever e seu calor.
Não se consegue pensar, raciocinar,
nas lembranças já vividas.
Em um gole eu já esqueço,
mas você a sempre recordar dos momentos mais importantes.
Minha calma, chão e alma.
Minha luz, estrela guia crepuscular.
Minha eterna paz e vida nesse universo ínfimo.
Nem sequer me recordo,
as horas passam e não me rememoro.
Sou filho único do peito do seu corpo,
sem ele...
Sem ele o viver parte de uma absoluta incerteza,
da qual, não consigo calcular.
Sua cor sempre avermelhada,
recorda-me as noites de carnaval.
Sua dança meio inquieta, guiadas pelos meus passos.
As cordas que você já tocou nesse molejo arriscado,
seus olhos inabalados, como os pés, sim, os pés
fincados no abismo de minhas pernas.
Aperta-se meu peito de uma maneira inigualável,
quase não sinto mais o respirar, mas, minha lucidez intacta.
A nova paixão floresce de meus poros minguantes,
não!
Tudo isso surge de uma única gota, não de mim.
Jamais!
Nunca poderia produzir tal sensação em alguém, mas...
Você meu amor, meu coração e paixão.
Somente você é capaz de realizar,
de imaginar.
E novamente se vai
a gota em meu peito.