Conversa íntima
Posso ver, em teu olhar, que ainda conservas
o ar sereno das noites de conversas,
nas quais nós, entre sonhos sobre as relvas,
usávamos palavras como servas
de um reino só nosso, país distante,
que só nós compreendemos e explicamos.
Ainda tens em tua alma diletante
as mesmas questões sobre onde nós vamos
depois que toda esta festa acabar.
A festa de ilusões perdidas que,
como se não existíssemos, em par,
dançamos sem nem mesmo perceber
ou muito menos, aqui, pertencer
a tudo o que tão perto nos rodeia.
Conheça o meu blog: oventoepistolar.blogspot.com