TRAVESSIA
Como anestésico para almas inquietas
Ah, o amor que se costura como asa
Como costume em nós
Um hábito melhor ao invés de rotina com rotas certas e fadigas óbvias
O corpo do outro que é um intenso profundo
Que se acolhe e nos colhe os melhores frutos
[sonhos e ilusões
Certas ilusões são sadias e merecidas
Merecem seguir rejuvenescidas dentro de um coração aberto e sedento
Ah, o amor que se revela como brasa
E que ardor
A busca mais antiga da humanidade
Esse ímpeto de continuar virando cinzas
E ainda deixar saudades
Ah, o amor essa delícia controversa
Lugar em que o lugar é retirante
Não tem instante
Ah, o amor
Quando te dá asas, desejas como Ícaro
Beijar o sol
Derretendo hipóteses de destino.