O romantismo
A rosa vermelha que não perfumou o coração
O coração vibrante entregou à rosa no afago despercebido
As taças de vinho rubro não tilintaram entre as mãos
Os lábios tocaram suaves num sentimento merecido e não esquecido.
O dia e a noite esperou pela palavra "eu te amo"
O céu estendeu sua cortina rendada de estrelas, unindo o amor aniversariante de um ano
A noite desceu embalada do sono
Os corpos dormiam lado a lado em colo.
As horas passavam em segundos de espera por declarações de amor
As declarações guardavam as palavras, os olhares estavam ali a todo o instante
O romantismo quis a todo o momento entregar a dor
Não sabe ele que o amor é presença sem alarde latente.