PRELÚDIO NOTURNO

Acabas por se esconder de mim,

Nem ao menos saber que sobrevivo em ti,

Diante do seu olhar que a luz vem a sair,

Quando jamais poderei olhar sem me distrair.

Espero todos os dias pela a sua volta,

Onde o pulsar no meu peito, não te acorda!

E sei que é tudo irreversível, assim,

Andar na madrugada sem estares aqui.

A sombra e a sociedade se convergem,

Para a dimensão da distância em nós.

Contudo, eu mesmo se pudesse, te pediria:

Chega mais perto e deixa-me ser o dono da sua vida?

A estrela da manhã que manifesta a poesia,

O cavaleiro que da ordem, cavalga até o portal,

Com seus símbolos tatuados e enigmáticos,

Portando as chaves e os segredos do seu coração?

Entro num transe de encantamento,

Ao estar em meio a devaneios reconfortantes.

Oferecendo-me corpo e espírito pra você,

Quando despida estarás de si mesma,

E o tempo não puder mais ser visto.

Ocultas serão tuas sentenças,

No que posso ter-te inteiramente,

Tocada pelas mãos que te desejam e,

As ocasiões em que se perpetuam.

E o prelúdio noturno,

Seria aquilo que queremos!

A verdade que desvelaremos,

Intencionalmente para um só sermos.

É este reencontro, a qual medito!

Enganado-me e questionando-me se preciso,

Conjurando tudo que sois e sereis,

Quando por um beijo, de teu sono, despertares.

Oh, existência minha e secular!

Que menção farias em teu reino,

Se acaso me perder por completo,

No caminho para fazer-te amar.

Poema n.3.037/ n.08 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 23/01/2024
Código do texto: T7982812
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