PRELÚDIO NOTURNO
Acabas por se esconder de mim,
Nem ao menos saber que sobrevivo em ti,
Diante do seu olhar que a luz vem a sair,
Quando jamais poderei olhar sem me distrair.
Espero todos os dias pela a sua volta,
Onde o pulsar no meu peito, não te acorda!
E sei que é tudo irreversível, assim,
Andar na madrugada sem estares aqui.
A sombra e a sociedade se convergem,
Para a dimensão da distância em nós.
Contudo, eu mesmo se pudesse, te pediria:
Chega mais perto e deixa-me ser o dono da sua vida?
A estrela da manhã que manifesta a poesia,
O cavaleiro que da ordem, cavalga até o portal,
Com seus símbolos tatuados e enigmáticos,
Portando as chaves e os segredos do seu coração?
Entro num transe de encantamento,
Ao estar em meio a devaneios reconfortantes.
Oferecendo-me corpo e espírito pra você,
Quando despida estarás de si mesma,
E o tempo não puder mais ser visto.
Ocultas serão tuas sentenças,
No que posso ter-te inteiramente,
Tocada pelas mãos que te desejam e,
As ocasiões em que se perpetuam.
E o prelúdio noturno,
Seria aquilo que queremos!
A verdade que desvelaremos,
Intencionalmente para um só sermos.
É este reencontro, a qual medito!
Enganado-me e questionando-me se preciso,
Conjurando tudo que sois e sereis,
Quando por um beijo, de teu sono, despertares.
Oh, existência minha e secular!
Que menção farias em teu reino,
Se acaso me perder por completo,
No caminho para fazer-te amar.
Poema n.3.037/ n.08 de 2024.