DESTINO

Quando brota nas rochas, não sabem as águas onde cairão

Se no leito afluente, se nas quedas dos montes

Não sabem se acharão a sede do andarilho, em algum ribeirão

Nem sabem se subirão às nuvens e recair às fontes!

Quando brota no chão a semente, não sabe que fruto dará

Se será doce na boca, quais serão suas folhas

Não sabem se estarão nos jardins ou se espinhos terá

Nem sabem se tombarão ante os homens, que lhe negam escolhas!

Quando cai das alturas a chuva, não sabe o que ocorrerá

Se no verde do campo, se no pranto do desabrigado

Não sabe se lavouras irão sorrir ou se casas arrastar

Nem sabem se cairão no sertanejo e esquecido chão rachado!

Quando olho o teu olhar, lembro da primeira vez

Se seria uma página eterna, se seria uma simples emoção

Não sabia que ali o destino escrevia o que ninguém jamais fez

Tornando uma aparente aventura em eterna união!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 31/12/2007
Reeditado em 13/01/2012
Código do texto: T798040
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