Na Solidão

A solidão desses dias vazios

na escola, a procura do teu

olhar, que tanto me aquecia

e me fazia sonhar, mesmo nós

dias mais frios da cidade.

Mas uma fria manhã de céu

cinza sobre a cidade, agora

em sua ausência, sob mais uma

manhã fria. A sim como mais um

trem que chega sem você.

Um simples pedaço de metal sem

alma. E no caderno uma fotografia

sua, com os olhos de uma tarde de

primavera. E nessa hora é que o coração

aperta, e entre uma aula e outra, eu sinto

você aqui, bem perto de mim.

Será que a sim como eu, você ainda

pensa em mim, e com seus pais

evita de falar e se esconde em seu quarto.

Que houve dos amigos para que

não sofra mais por mim, por favor meu

amor me espere, a sim como se espera

pela primavera, para ver a beleza das

flores, a sim como você,

eu também não sei viver a sim, desde

do dia que os seus pais mudaram e

te levaram embora de mim.

As tardes sem você parecem não

terem fim, na escola cada matéria

se torna inútil, pôs tudo se concentra

em você, nessa incerteza que seria

viver a vida sem você, por isso meu

amor, por favor me espere, a sim

como o tempo esperar por cada

estação que se vai, pôs sem

você também eu não posso viver,

na solidão que reside entre nós dois.

Poema inspirado na canção Solitudine de Laura Pausine.