VONTADE IMORTAL

Queira que eu a ame com todas forças,

Que minha alma possa suportar!

Ou que eu minta, que não a lembro,

Quando na verdade, só a escondi de mim.

Não tenhas dúvidas de quem sou!

Tão pouco, venhas a pensar que não existo.

Quero, pois, pôr minha vida em tuas palavras,

E nelas, viver sonhando que um dia,

A cama poderá ter, intensamente, o teu cheiro.

Revelo estar sedento de carícias,

Mas, olho para o futuro, não vejo outra saída.

Quisera que minha vontade imortal,

Fosse teu corpo para inebriar-me,

Contudo, isso é inevitável e insolúvel.

Ser ausente demais, talvez seja,

A existência eterna que eu mereça.

Dar-te-ia a mim mesmo, se pudesse,

Pois as vezes, o sol acaba por estar me acordando.

Desejaria transcender a morte,

Só para que viesse a deitar em meus braços!

Será que velarias-me, como eu faria contigo?

Lágrimas vertentes são como o frio na madrugada,

Impossíveis de desvendar, ao menos que os sintam.

Escuta-me, as preces que venho a expressar:

Como um arcanjo poderá me encontrar?

Nossos caminhos são distantes e invisíveis,

De um medo insano de perder, é que quero amanhecer,

Somente por tuas mensagens, as irrefutáveis,

Onde o beijo é deveras, a colheita que não irá suceder.

Sois o que pensava ser!

E num tom mais baixo, falaria com você.

Sendo seu dono, seu senhor e seu amor!

Um abrigo, seja como realmente for,

Tentando, agora, ser um pouco indiferente.

Não me oponho às suas marcas,

Deslumbrando-me, de artes tão bem criadas!

Com delicadeza e sutileza que são-me indescritíveis,

O ocultismo, de tudo o que me faz mover as asas.

Poema n.3.036/ n.06 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 18/01/2024
Reeditado em 18/01/2024
Código do texto: T7979214
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