APENAS MINHA

 

 

Far-te-ei o canto da ave em que desperto

De um sono calmo onde já és sonhada.

O primeiro rasgo de luz na madrugada

Que traça teu corpo nu e cintilante.

 

O sonho sobre o qual caminho

Numa visão do longe em que te alcanço.

O leito da noite onde me deito

Sem horas certas para deixar de sonhar.

 

Meu sonido num silêncio perpétuo

No qual escuto e ouço só a ti.

O meu ocaso e a madrugada

Onde me adormeço e em ti renasço.

 

Em tudo o que em minha vida acontece

No mais ínfimo sinal desta existência.

O mar e a areia, a minha praia

Em que permanecerei até chegares.

 

Far-te-ei apenas minha porque te amo.