DELEITE

Onde a lenda senta na calçada com os jogadores

caminha o espírito da festa certo da vitória,

porque abandonei barco a vela e motores

para viver unicamente louco pelo teu corpo de glória

e o rastro que identifica o peso do meu sexo por você

mantém acesa a ira na brasa que repete tua delícia

e menestrel derrubando caveiras no toque do blues - o que resta crer

depois que te ver fez a diferença e aprendi o sabor da carne,

deixei no jardim arma e milícia sem alarme

porque tuas coxas abertas significam fúria na paz

vendi no mercado persa a mansidão do passado

certo de beber nos teus seios deleite que me faça capaz

de buscar a derradeira rosa onde a montanha guarda o sonho do teu agrado

e só porque sou teu desde antes da história existir

repito aos donos do tempo teu suor meu elixir

e por maior o salto no trapézio deposito meus ossos aos teus pés

porque pelos quatro ventos corro no carro volúpias da carência que é ter você com força e fé