TEUS OLHOS FATAIS

Um breve assobio...

Não mais!

Treda consolação a meus ais

Salva homem, o teu brio!

Na desdita, senti o perfume...

Eflúvio que o vento traz!

Mentes ó aura! Não foi da rosa o hálito falaz

Dos lábios? Talvez! Roubaste-o impune!

Se temo não foi por ti, noite de álgidos serenos

Foi pela tez, os braços morenos,

Da moça perdida nos coqueirais...

Poente, em teu encontro com o horizonte

Rogo nos últimos instantes - Estende a ponte!

Hei de escrever o último verso, ante aos olhos fatais!

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Observação

1 - “aura” - No texto está no sentido de “brisa”, “aragem”

2 - "Poente" - Se refere ao sol poente

André da Costa
Enviado por André da Costa em 07/01/2024
Reeditado em 07/01/2024
Código do texto: T7970764
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