TEUS OLHOS FATAIS
Um breve assobio...
Não mais!
Treda consolação a meus ais
Salva homem, o teu brio!
Na desdita, senti o perfume...
Eflúvio que o vento traz!
Mentes ó aura! Não foi da rosa o hálito falaz
Dos lábios? Talvez! Roubaste-o impune!
Se temo não foi por ti, noite de álgidos serenos
Foi pela tez, os braços morenos,
Da moça perdida nos coqueirais...
Poente, em teu encontro com o horizonte
Rogo nos últimos instantes - Estende a ponte!
Hei de escrever o último verso, ante aos olhos fatais!
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Observação
1 - “aura” - No texto está no sentido de “brisa”, “aragem”
2 - "Poente" - Se refere ao sol poente