Mentiras equilibradas.
Tão perto, tão longe as mãos
Tocando na lira dos anjos
A pele quente sedenta
Sorvendo a água dos arcanjos.
Foi quando joguei moedas sobre
A cama pontilhada de chuva,
No monte alvo do ventre .
Eu vi o tempo bebendo
O mar dos esquecidos.
Demasiadamente nobre
Eu vi que o tempo é tempo
Nos olhos do mundo
É passado que não retorna
É só lembrança presente
As vezes Me coloco pelo avesso
Pensado que me conheço
Nem tudo que penso
Vira equilíbrio.
Simples maneira séria
De dizer mentiras equilibradas.