Mentiras equilibradas.

Tão perto, tão longe as mãos

Tocando na lira dos anjos

A pele quente sedenta

Sorvendo a água dos arcanjos.

Foi quando joguei moedas sobre

A cama pontilhada de chuva,

No monte alvo do ventre .

Eu vi o tempo bebendo

O mar dos esquecidos.

Demasiadamente nobre

Eu vi que o tempo é tempo

Nos olhos do mundo

É passado que não retorna

É só lembrança presente

As vezes Me coloco pelo avesso

Pensado que me conheço

Nem tudo que penso

Vira equilíbrio.

Simples maneira séria

De dizer mentiras equilibradas.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 06/01/2024
Código do texto: T7970376
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