Alturas
Nas alturas do céu, a nuvem em paixão,
Meiga e sensível, flutua na amplidão.
No seu abraço, um doce torrão,
Amor que se desenha na imensidão.
Sua forma, um poema em transição,
Meiga nuvem, sutil coração.
Sensível à brisa em suave toação,
Canta a canção da eterna união.
No crepúsculo, na suave fusão,
Nuvem dança em melodia e satisfação.
Amor, aura que transcende a visão,
Envolve tudo com pura devoção.
E quando a lua tece seu clarão,
Meiga nuvem, no céu em expansão,
Sensível ao toque da emoção,
Voa, radiante, na noite em reflexão,
O fim lhe é certo,
Eterno enquanto existir,
Singelo no erigir,
De poesía, oh musa, a ti,
Amor, como o sol na manhã,
Irradia em cada nuvem, em sua maestria.
Meiga e sensível, essa sinfonia,
É poesia celeste, eterna harmonia
Nós floreados do rochedo,
Brotou aquela flor,
Flor de calor,
Flor se amor,
Singela em coração,
Forte, feito flor do sertão,
Nobre como leão
Febril em paixão,
Nas nuvens teci os beijos,
Escrevi o apreço,
Querer fragoroao,
Como o sentar e comer um queijo.