MEMÓRIAS DE TEU ROSTO

A luz só se apaga, quando vemos a verdade!

Que quero indevidamente um ósculo seu,

Com tanta intensidade quanto anseio que,

Possas dar-me o que não julgo ser digno.

Entretanto, acendes mil estrelas,

Numa saudade quase que profunda e,

O vale a qual nem sei se pertenço,

Ver-te como rosas vermelhas em chamas.

Que transcendem minha consciência,

Queimando-a empiricamente,

Enquanto busco uma alternativa,

Para confrontá-la com o que ela sente.

Tenciono guardar-te, mesmo que invisível!

Vivendo o que os olhos negam…

A incerteza absurda de um tempo perdido,

Cujo amor bandido, totalmente não se revela.

Se vieres a me procurar,

É de bom tom que, saibas que minha existência,

A ti, ligeiramente vou entregar,

Sendo o seu menino, e deixando-te fazer,

Deste que te aguardou…o que desejar!

Sois um passarinho que voa para outro ninho,

E que pouco a pouco, vai me sumindo.

Não almejo esse silêncio infinito,

No qual a sua ausência, se disfarça.

Como músicas efêmeras,

Surgem memórias de teu rosto,

Onde passo a ter-te em devaneios,

Mesmo que a realidade seja outra.

E que eu nunca sinta o teu perfume,

Impregnando sem dó, em mim,

Convergindo para as mãos da libitina,

Antes que estejas em meu porvir.

Poema n.3.030/ n.01 de 2024

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 04/01/2024
Código do texto: T7968785
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