MEMÓRIAS DE TEU ROSTO
A luz só se apaga, quando vemos a verdade!
Que quero indevidamente um ósculo seu,
Com tanta intensidade quanto anseio que,
Possas dar-me o que não julgo ser digno.
Entretanto, acendes mil estrelas,
Numa saudade quase que profunda e,
O vale a qual nem sei se pertenço,
Ver-te como rosas vermelhas em chamas.
Que transcendem minha consciência,
Queimando-a empiricamente,
Enquanto busco uma alternativa,
Para confrontá-la com o que ela sente.
Tenciono guardar-te, mesmo que invisível!
Vivendo o que os olhos negam…
A incerteza absurda de um tempo perdido,
Cujo amor bandido, totalmente não se revela.
Se vieres a me procurar,
É de bom tom que, saibas que minha existência,
A ti, ligeiramente vou entregar,
Sendo o seu menino, e deixando-te fazer,
Deste que te aguardou…o que desejar!
Sois um passarinho que voa para outro ninho,
E que pouco a pouco, vai me sumindo.
Não almejo esse silêncio infinito,
No qual a sua ausência, se disfarça.
Como músicas efêmeras,
Surgem memórias de teu rosto,
Onde passo a ter-te em devaneios,
Mesmo que a realidade seja outra.
E que eu nunca sinta o teu perfume,
Impregnando sem dó, em mim,
Convergindo para as mãos da libitina,
Antes que estejas em meu porvir.
Poema n.3.030/ n.01 de 2024