Estranha Palavra

Estranha palavra,tão gasta em minha boca

Dita de graça, a ouvidos ansiosos e olhares atentos

Olhos que me cercam, me fecham, me buscam

E eu sábio ou covarde fujo, do acaso, do fato, do puro

Dessa palavra, do toque, do tiro no escuro

Desse perfeito sintoma de loucura, que machuca ou cura

Que te acusa, te fere, te molha e te endurece

Por segundos, por corpos, por vidas...alheias

Amor, estranha palavra, desconhecido eu sou

Não me ameace, apenas dancemos até o o despertador da vida tocar.