Agitada como a Maré

Eu sinto tua falta, não demores!

Não basta a memória

Resgatar o vazio da ausência.

Amar-te para mim é urgência existencial,

A anarquia feliz do meu coração

Sobre a minha mente, e

A linguagem das tuas mãos

Quando me falas sobre o mar.

Eu sinto tua falta porque

Contigo aprendi

Que perfeição não existe.

Sendo eu imperfeita e agitada como maré alta,

Só não contava que ao teu lado

Repousando em teu ombro,

Aninhada em teus braços,

Imersa no infinito dos teus olhos,

Viveria a calmaria das ondas.

Juciane Afonso
Enviado por Juciane Afonso em 03/01/2024
Reeditado em 03/01/2024
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