Caminhar
Na solidão dos dias vazios, sem esperança,
O eco do adeus ressoa como uma lança.
No palco da vida, a cena desfeita,
O amor desabrochou, mas partiu sem receita.
Os contos de fadas são meras ilusões,
Quando o fim chega, só restam decepções.
Um vazio sem medidas, sem fronteiras,
No peito, um coração em chamas, mas sem bandeiras.
Grito no silêncio: "Te amo", em desespero,
Perdido, sem rumo, num mar traiçoeiro.
Metade de mim se perdeu na despedida,
Tentando viver, mas a alma ferida.
A ausência dos abraços, um fardo pesado,
Caminhar sem você, um passo desolado.
Na trama da vida, sem você, a metade,
A busca da saudade em cada tarde.
E assim sigo, sem jeito, sem conserto,
A jornada da saudade, um eterno deserto.
Não sei mais o que faço, perdido na tristeza,
A cada suspiro, a lembrança da promessa.
Diego Schmidt Concado