Lar
No eco do adeus, desmorona o lar outrora forte,
As paredes agora testemunham a triste sorte.
Sem contos de fadas, a realidade se revela,
O amor despedaçado, como folha amarela.
O vazio preenche cada canto, sem medida,
Um lamento sem tamanho, na despedida.
No peito, o coração clama um amor ausente,
Gritando "te amo", numa súplica persistente.
Perdido na encruzilhada da própria verdade,
Sem você, a jornada perde a estabilidade.
Metade de mim vagueia, sem destino certo,
O lar desfeito, como um castelo destruído no deserto.
Caminho sem rumo, em busca de sentido,
A casa que era lar, agora é só ruído.
Não sei mais o que faço, na encruzilhada da solidão,
Onde o passado se desfaz, e o presente é solidão.
Diego Schmidt Concado