Bagagem
Nos caminhos da vida, quando o fio do destino tece seus desígnios, há uma magia sutil que liga almas destinadas. Uma pessoa assim, como brisa que se afasta, concede ao tempo o papel de alquimista. Em seu distanciamento, ela absorve experiências, amadurece como pétalas que desabrocham silenciosas.
O tempo, esse sábio cronista, testemunha a metamorfose que ocorre longe dos olhos, na forja silenciosa da transformação. Ela muda as nuances do universo ao seu redor, remodela as estrelas e redefine o tecido do destino. Contudo, a inevitabilidade rege seus passos de volta, pois há um laço inquebrantável, um vínculo que transcende as estações da vida.
No retorno, ela traz consigo a bagagem de aprendizados, como um presente embrulhado no papel do tempo. O coração, agora mais sábio, pulsa em sintonia com o seu propósito original. Nada, nem ninguém, pode dissipar a essência entrelaçada, pois é uma verdade inscrita nas estrelas e esculpida nas linhas do destino.
Assim, na sinfonia cósmica, as notas do reencontro ressoam como melodias ancestrais, ecoando a certeza de que o destino traçou um curso inalterável. Quando uma pessoa está destinada a ser sua, ela nunca parte definitivamente; ela apenas se ausenta para retornar, pois o elo que as une é mais resistente que qualquer desafio lançado pelo universo.
Diego Schmidt Concado