Estrangeiro
Na vastidão do tempo, pago meus pecados,
Solidão ecoa, estrangeiro de passos cadenciados.
Ilusão que me envolve, como sombras que se vão,
Ano a ano, perdido, sem destino, sem razão.
Caminhos incertos, como rios que fluem,
Em cada curva, a incerteza que se insinua.
Passos hesitantes, no compasso da existência,
Ano após ano, a busca incessante, a resistência.
Era só solidão, entre sombras e lamentos,
Pagando os pecados, em silêncio, no momento.
Estrangeiro na própria jornada, sem lar,
Ilusão que persiste, como o vento a sussurrar.
Entra ano, sai ano, o destino incerto revela,
Nunca sei para onde vamos, na trama que se desvela.
Entre anseios e desenganos, a vida se tece,
Na dança do tempo, a incerteza que aquece.
Diego Schmidt Concado