Linhas das mãos.
Nas minhas mãos as linhas
Sobejam alcalinas
Dedilham os arpejos
Nos teclados do tempo.
Nesta musicalidade
Joguei moedas sobre
A cama pontilhada de chuva,
No monte alvo do ventre .
Enquanto o céu fibroso
agarra o dia
Pelas mãos diurnas alogando
A tarde fresca dos areais.
Minhas mãos emolduram
Meu espaço cheio de vazio
Na excelência desta poesia.
Meu rosto esculpido
Pelo vento na areia fina
Adormece no eco
Do travesseiro.