Linhas das mãos.

Nas minhas mãos as linhas

Sobejam alcalinas

Dedilham os arpejos

Nos teclados do tempo.

Nesta musicalidade

Joguei moedas sobre

A cama pontilhada de chuva,

No monte alvo do ventre .

Enquanto o céu fibroso

agarra o dia

Pelas mãos diurnas alogando

A tarde fresca dos areais.

Minhas mãos emolduram

Meu espaço cheio de vazio

Na excelência desta poesia.

Meu rosto esculpido

Pelo vento na areia fina

Adormece no eco

Do travesseiro.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 01/01/2024
Reeditado em 02/01/2024
Código do texto: T7966883
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