Todo um emaranhado de palavras que, ao final, se resume a apenas três
Ainda te namoro nos meus sonhos.
E teria te dado inúmeras razões para rir sem tarjas
das minhas danças e das músicas que canto,
assim do nada...
Mais ainda, te puxaria pela mão para sermos ridiculamente bobos e felizes
pisando, descompassados, nos pés um do outro.
Naquela nesga de vida, havia uma infinita ternura a se cultivar...
Na frágil fresta que se adivinhava ,
fremiam, intensamente, os corações.
Cada pequeno detalhe convertido em semente de alegria
e daquilo que não sei nomear mas que a tudo impregna de sentido.
A certeza da finitude tornaria o olhar mais atento e sagaz.
Sem pretensões de te prender ou sem receios de te perder
te namoraria de novo e mais uma vez.
Um dia irias, ou eu.
No córtex, todos os episódios da nossa história,
arquivados em multicoloridos e perenes registros
de todas as centelhas que criamos,
para muito além de nós.