Todo um emaranhado de palavras que, ao final, se resume a apenas três

Ainda te namoro nos meus sonhos.

E teria te dado inúmeras razões para rir sem tarjas

das minhas danças e das músicas que canto,

assim do nada...

Mais ainda, te puxaria pela mão para sermos ridiculamente bobos e felizes

pisando, descompassados, nos pés um do outro.

Naquela nesga de vida, havia uma infinita ternura a se cultivar...

Na frágil fresta que se adivinhava ,

fremiam, intensamente, os corações.

Cada pequeno detalhe convertido em semente de alegria

e daquilo que não sei nomear mas que a tudo impregna de sentido.

A certeza da finitude tornaria o olhar mais atento e sagaz.

Sem pretensões de te prender ou sem receios de te perder

te namoraria de novo e mais uma vez.

Um dia irias, ou eu.

No córtex, todos os episódios da nossa história,

arquivados em multicoloridos e perenes registros

de todas as centelhas que criamos,

para muito além de nós.

Lyzzi
Enviado por Lyzzi em 01/01/2024
Reeditado em 01/01/2024
Código do texto: T7966795
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