Aprendi, desde cedo, a não deixar
o Outro falando sozinho.
Os vazios que gritam no Outro
requerendo atenção
necessitam da escuta,
de olhos atentos que vejam,
de ouvidos que permaneçam...
De tão meninos de idade,
somos adultos cansados
de não saber viver direito.
Por isso, se o Outro fica,
salva uma alma que grita.
Saber olhar é abraço sem fala,
é ombro que acolhe e
braços que aconchegam.
Nosso desafio é apenas ficar
Sem corpo, e de alma inteira...