TATUAGEM DE SÍMBOLOS

Não sou tão imune ao que tens,

Dado que tenho minhas vulnerabilidades,

Dos quais, confesso, não queria ter,

Mas, não dá para contestar a cidade,

Que dentro de mim, mostra-me a arte.

Os verbos seus são mágicos,

E suas substâncias são ligações,

Que indubitavelmente, queria sentir,

Mesmo que seja tão difícil respirar.

Teus segredos obscuros não negam,

Que deixam estilhaços em meu corpo.

E sei que uma hora, nossas almas se cruzaram,

No que tange os anoiteceres mal sonhados.

Tu és e serás o instinto,

Subentendida em vidas passadas.

E como tatuagem de símbolos,

Desvelaras as versões que me guardam.

Por um instante, poderás encarnar,

Habitando celestialmente a poesia.

Que entre linhas, deseja isto,

Tanto quanto eu deslumbro,

Um minuto de amor, a ti pertencer.

E encontrar os vestígios de felicidade,

Numa narrativa lírica e épica!

Onde enfeitiçado, me verás, sem ser por hipótese,

Quando a improbabilidade não existir,

Ao passo que a pele sua, exala mel,

Num destino notório e enigmático,

Quando posso até vir a ser teu salvaguardador.

Tomara que nisso, não estejas de partida,

Querendo não ser reconhecida assim:

Como o sorriso das belas damas,

O agora que não tem seu fim,

Em sua impecável razão de seduzir.

Poema n.3.029/ n.98 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 30/12/2023
Código do texto: T7965224
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