CAÇADOR DE BEIJOS
Diante das estrelas do pensamento,
É que anseio ser assim, inteiramente a ti!
De fato, talvez, um caçador de beijos,
A andar contigo sob as águas.
Num mundo entre mundos,
Como se nos conhecêssemos!
E num tempo sobrenatural que nos revela,
A intensidade com que nos encontramos,
Fico sabendo que em meu íntimo, existe,
Algo que é o privilégio de te querer.
As mulheres de certa maneira,
Tem um jeito gracioso de olhar as coisas,
Chegando mais próximas da perfeição,
Onde acabo vendo que tenho,
A não compreensão do que elas são.
Contudo, a essência emanada de teu cerne,
Faz-me ambicionar ser tua face!
E peço por um instante que,
Como Christine, cantes pra mim!
Para afastar a taça da própria escuridão que sou,
Acendendo as lâmpadas que regozijam ao vê-la,
Mostrando-me que ainda posso ser seu,
O maestro de todas as suas volúpias e rimas.
Os deuses sorriram, quando a criaram!
Por seres a poesia que pensei.
E se me perguntares: - Onde moras?
Respondar-te-ei: - Lá onde teus versos me tocam,
E teus olhos, por si só, impecavelmente, me interrogam.
Diga-me, ó anjo! Haverá momento para tal,
No qual, num bosque deitaremos no campo e,
Despidos, afinal, de tudo que nos formamos,
Estarias preparadas para seres Margarida,
O amor de Fausto, antes do pacto com o diabo?
Poema n.3.026/ n.95 de 2023.