Que preguiça!
Que preguiça tenho
De gente nova conhecer
Ao isolamento não me contenho
Acho que por estar a envelhecer.
Pois já 40 tenho
E conquistar requer trabalho
As mulheres esperam empenho
Para homens como eu, não há atalho.
Correto, é o desejo delas!
De esperar alguém que as mereça
Que lute pelas mulheres belas
Que demonstre vigor e não esmoreça.
Contudo, o tempo passa veloz
Outras obrigações se somam à vida...
Toda essa luta se mostra atroz.
E o cansaço me rouba toda impelida.
Nunca sortudo fui, no que respeito às mulheres diz
Sempre despercebido passei
Por essa vida vaguei
Por muitas vezes triste e infeliz.
O desejo de as envolver em sentimentos
Quase não mais existe
Da vontade de as conquistar, sobrou lamentos
O ímpeto de por elas lutar, não mais resiste.
Raiva contra as mulheres não tenho!
Apenas a estas palavras não me contenho
É um desabafo, pois me falta empenho
A altivez, contudo, mantenho.
Tudo isso por mim dito
Palavras ao papel lançadas
Tantas mulheres no mundo por conhecer
Mas a preguiça me faz esmorecer.