*** Cinzas do Arremêdo***

Amor...
Não é caso... De volta e meia,
como querem, nos fazer crer!
Aquele amor...
Que de pronto incendeia,
corre o risco de apagar cedo,
deixando somente cinzas,
não de amor... Mas de arremêdo!
Plantando saudade na porta,
assim como veio... Esfuma-se!
O tempo o exorta!
Se for amor... De volta e meia,
Trapaceia...
E faz um caminho sem volta!
             ***
Fale-me então de amor...
Fale-me sim!
Daquele amor... Que é um todo,
que não presta-se à engôdo!
Habita no cotidiano,
e no ser não causa danos...
É fácil reconhecer,
em atitudes e gestos!
Não carece de grandes manifestos!
Pois se tambem... Habita no olhar,
Com sua doçura e brilho intenso,
que dele faz um lago imenso,
onde a ternura vem passear,
num convite à sonhos e consenso,
em que possamos navegar!

( sábado,29/12/2007 )
IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 29/12/2007
Reeditado em 30/12/2007
Código do texto: T796047
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