Memórias Póstumas II

 

 

 

Admitir que algo não ia certo
Seria ter que lidar novamente com a dor.
Comprimida num espaço que não existia,
Contentada, me iludia.

Instantes fugazes de combustão 
E depois, contemplar teu dorso gélido,

A parede que ruiu tarde demais.

Por fim, admiti.

Vi as migalhas pelo chão.

Eu queria mais.

Muito mais.
Que mal há?
Quando vieste, eu já havia partido pra Lua.

Longe demais?

Perto o bastante?

Um breve momento... 

Retornar?
Não, não seria justo com a minha Alma.

Quem sabe ornaria com as tigelas...

Mas já não cabia,

Nunca coube neste lugar.