coincidência
É bom quando tú tem drama
É bom quando tú é cama
Não importa
Não importa
Seja como for
Queria guardar a chama
Desse quente jeito ardor
Dou espaço, espero, aceito
te chamo e grito de amor
Nós dois somos além do tempo
Exageros em forma de ser
Dramáticos bichos sedentos
Sempre esperantes
cheios de querer
As vidas de mim nasceram
Achava ser solo seco
Um Natal sem fim dezembro
Chorei muitos amanhãs
Deitei em vários divãs
as pernas correram choraram
dobraram, deitaram, sofreram
Te faço do jeito que posso
Imito até os defeitos
Amorteço, esqueço, endosso
Que me avoe de mim
Não importa
Não importa
Se for pra crescer jardim
De mim
tudo meu é nosso
Dos jeitos lindos de não
Falam em cartas cifradas
As dores espelhos e medo
Os cofres de mágoa segredo
batendo em um só uníssono
Das redundâncias irmãs
Amores de um só coração
não lembro assim que te soube
Ou quando brilhei pra sempre
só sei que da sua voz
O chão do bolso é saudade
cresceu brotou tudo o mais
Encheu e cortou mordaz
até que não mais me coube