Cantar-te, amor

Ah, imensurável e triste

e incompreendido amor.

Fere-me como um riste

e põe-me imerso em dor.

Como te explicar, então?

E quem há que não entenda?

És tão essencial quanto o pão,

perdido fico em tuas sendas.

Não, o meu destino na vida

não poderá ser o opróbrio

por amar-te sem medida.

Mas quero apenas que digas,

mesmo que eu não compreenda,

onde está a porta da vida?

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