Meus muros
Minha sombra
Não pode acomodar
Uma multidão de julgamentos
Nem matar a morte na terra.
Meus muros são divisas abertas
Com o mar.
Virei um monte de sal
No moinho de vento,
Moendo minhas esperanças,
Minha vida fluvial.
Basta de colher sementes
Na terra árida das paixões,
Beber água da vida no tempo
Escrever nos cílios das ilusões.
Ontem fui saudade
Hoje faço do tempo uma alcova
Rabisco memorias em mim
Quero ser invisivel quando
Os minutos forem embora .