Meus muros

Minha sombra

Não pode acomodar

Uma multidão de julgamentos

Nem matar a morte na terra.

Meus muros são divisas abertas

Com o mar.

Virei um monte de sal

No moinho de vento,

Moendo minhas esperanças,

Minha vida fluvial.

Basta de colher sementes

Na terra árida das paixões,

Beber água da vida no tempo

Escrever nos cílios das ilusões.

Ontem fui saudade

Hoje faço do tempo uma alcova

Rabisco memorias em mim

Quero ser invisivel quando

Os minutos forem embora .

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 22/12/2023
Reeditado em 27/12/2023
Código do texto: T7959634
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