Eu te odeio Bauman
Estou farta dos amores que não amam
Dos olhos que se cruzam vendados
Sem brilho ou verdades, sensabores
Dos corpos que encostam sem se tocar
Rasos demais…
Essas almas que não se contemplam
Dividem a cama, mas não o coração
Egoístas covardes que sepultam o amor
“Solidão a dois de dia
Faz calor, depois faz frio”
Mas como renegarei meus sentimentos
Se eu sou movida à paixões, monamour?!
E aqui é que eu manifesto total culpa
Mas em minha defesa eu esclareço:
Poetas têm mesmo essa mania de amar,
De ver beleza e estimar gestos de carinho
Ainda guardo a embalagem do bombom
E faço disso tudo motivação de arte
E mais uma vez, isso é mais sobre mim
Você não compreende e nem poderia
Não consumo bebidas alcoólicas, nem amores líquidos.