Confundem
As pessoas confundem nostalgia e saudade,
Pensam ser iguais, mas não é verdade.
Nostalgia dói mais, como bater nos dedos,
Cólica de rim, angústia em desespero.
É como o fim do dia, sem volta ou revés,
A única saída é se conformar, já se fez.
Mas saudade, ah, a gente aguenta,
Um suspiro suave, uma dor que alimenta.
Nostalgia é o eco de tempos que já passaram,
Pesa como uma âncora, no peito é carregada.
Saudade, porém, é o elo que se mantém,
Um abraço suave, na alma é bordada.
A nostalgia é o lamento do que se perdeu,
Um suspiro pesado, como a bruma que flutua.
Mas a saudade, essa, é a ponte que tece,
Ligando passado e presente, na dança da rua.
Assim, confundem-se os sentimentos, por certo,
Nostalgia é a dor que fere o coração aberto.
Saudade, a doce lembrança que persiste,
No soneto, a distinção que persiste.
Diego Schmidt Concado