Confundem

As pessoas confundem nostalgia e saudade,

Pensam ser iguais, mas não é verdade.

Nostalgia dói mais, como bater nos dedos,

Cólica de rim, angústia em desespero.

É como o fim do dia, sem volta ou revés,

A única saída é se conformar, já se fez.

Mas saudade, ah, a gente aguenta,

Um suspiro suave, uma dor que alimenta.

Nostalgia é o eco de tempos que já passaram,

Pesa como uma âncora, no peito é carregada.

Saudade, porém, é o elo que se mantém,

Um abraço suave, na alma é bordada.

A nostalgia é o lamento do que se perdeu,

Um suspiro pesado, como a bruma que flutua.

Mas a saudade, essa, é a ponte que tece,

Ligando passado e presente, na dança da rua.

Assim, confundem-se os sentimentos, por certo,

Nostalgia é a dor que fere o coração aberto.

Saudade, a doce lembrança que persiste,

No soneto, a distinção que persiste.

Diego Schmidt Concado

Diego S Concado
Enviado por Diego S Concado em 21/12/2023
Código do texto: T7958957
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