Dias de chuva
Dias de chuva nos trazem um manto de nostalgia, um suspiro suave da alma. Cada gota que dança no ar é um elo com o passado, uma melodia que ressoa com as lembranças. Nesses momentos, as saudades se entrelaçam, e o coração se torna uma tela onde a memória pinta quadros de tempos que foram, mas que permanecem vivos em cada gota que cai do céu.
É uma nostalgia boa, que acalenta a alma como um abraço caloroso. Recordamos os dias de ser bom, de amar sem reservas, de compartilhar risos e lágrimas. A chuva é como um espelho que reflete as emoções guardadas, uma limpeza que nos faz relembrar quem fomos e quem desejamos ser.
E, como se o céu entendesse nossos sentimentos, a chuva é como as lágrimas de Deus lavando a casa do coração. É uma purificação suave, um renovar de esperanças. Cada gota que toca o solo é como um toque divino, uma bênção que nos lembra que, mesmo nos dias cinzentos, há beleza e renovação.
Nesses dias de chuva, somos convidados a contemplar o espetáculo silencioso da natureza. As gotas escorrem pelas folhas como lágrimas de gratidão, e o aroma fresco que paira no ar é como um perfume celestial. É um convite para interiorizar, para ouvir o sussurro suave da chuva contando histórias de amor e recomeço.
Assim, nos dias de chuva, deixamos que a nostalgia nos envolva como um cobertor macio. Permitimos que as saudades nos conduzam por caminhos conhecidos, e nos abrimos para a magia de sermos lavados pela chuva divina. Que cada gota seja um lembrete de que, mesmo sob as nuvens, o sol ainda brilha em algum lugar, esperando pacientemente para iluminar nossos dias novamente.
Diego Schmidt Concado