Tristeza

Tristeza é quando o céu desaba em lágrimas,

Quando a chuva cai como eco do pranto,

É o calor em excesso, como brasas que queimam,

O corpo dói, pesa, um fardo no encanto.

É quando o sono escapa, uma noite breve,

O corpo, exausto, em silêncio protesta,

A voz que sai fraca, como um murmúrio leve,

Palavras cessam, a tristeza é a orquestra.

Dormir pouco, como jornada infinda,

A voz, timbre frágil, ecoando na penumbra,

As palavras desaparecem na ferida,

O corpo desobediente, em sua penumbra.

E a graça se perde, como estrela apagada,

No universo da tristeza, um céu sem luz,

O riso esquecido, como flor murchada,

Tristeza é quando a alma se conduz.

É quando o sol não aquece, é sombra fria,

A tristeza, nuvem densa que paira,

E na melancolia, a alma se desguia,

Buscando um sol que a tristeza desmembra.

Tristeza é o silêncio de um coração pesaroso,

Como o vento que sopra em noite sombria,

Um lamento calado, profundo e choroso,

A tristeza é quando a alma adoece, vazia.

Mas que a tristeza seja como nuvem de passagem,

Que o sol retorne, a alma reencontre a cor,

Que o calor do afeto dissipe a aragem,

E a graça retorne, trazendo alegria e fulgor.

Diego Schmidt Concado

Bipolar Poeta
Enviado por Bipolar Poeta em 21/12/2023
Código do texto: T7958830
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