Profetas

Profetas desafinados, tempo é surdo à canção,

Nas notas incertas do destino que tecemos,

Se ao menos soubesses, em nosso coração,

A melodia oculta, que em segredo oferecemos.

A partitura da vida, em linhas entrelaçadas,

Desafia profetas, em sua compreensão,

Tempo, em sua surdez, nas horas desenhadas,

Não percebe o lamento, a sutil emoção.

Se ao menos, visse o que em nós pulsa,

Nas rimas cruzadas da existência, verso a verso,

O mistério que o tempo, em surdez, repulsa.

Neste soneto, a revelação é um universo,

Profetas desafinados, ao compasso da ilusão,

Tempo, cego ao segredo, na dança da criação.

Diego Schmidt Concado

Bipolar Poeta
Enviado por Bipolar Poeta em 18/12/2023
Código do texto: T7956809
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