Ausência dos pais
profunda traz. A casa parece um eco de silêncio, onde o riso costumava dançar. Mamãe, seus olhos revelam a tristeza que tenta esconder, mas eu vejo. Papai, sua ausência é uma sombra que paira sobre cada canto.
Nossas vidas agora são um poema que perdeu suas rimas, um jardim sem flores para desabrochar. Eu me pergunto se há um lugar onde as lágrimas se transformam em esperança, onde a saudade se dissolve em abraços imaginários.
Às vezes, na escuridão da noite, escuto a melodia da tristeza, uma canção que parece nunca ter fim. É como se o tempo congelasse, deixando-nos presos em memórias que desejamos reviver.
Queridos mamãe e papai, prometo carregar o amor que vocês compartilharam, como uma tocha a guiar-me nas sombras. Mesmo que nossos caminhos agora se separem, saibam que o fio invisível do amor ainda nos une.
Cada lágrima derramada é uma tinta que colore a tela da nossa história. Que, um dia, possamos encontrar a paz que escapou de nossas mãos, e que o tempo cure as feridas que agora parecem tão profundas.
Neste labirinto de emoções, guardo as lembranças como jóias preciosas. E, enquanto o vento da mudança sopra, espero que ele traga consigo a promessa de dias mais leves.
Queridos mamãe e papai, mesmo que as palavras se percam no vento, que este poema seja um suspiro do meu coração, uma prece para que, no final, o amor vença todas as dores.
Diego Schmidt Concado