Refém silenciosa destas areias clandestinas
... me calo, náufraga,
na plasticidade do poema.
Sou refém silenciosa
destas areias clandestinas...
resort de dízimos, honorários -
fronteira e fosso de palavras -
e habilitação para migrações interiores...
Olhos no infinito -
lábios em prece:
Algures, a face da noite que chega
expurgue sentimentos
sobre a navalha da vida... ~
Mas, da poetisa, a vida cala o silêncio...
e o poema se escreve
diante dos teus olhos de Amor.
Pintura: Monika Luniak