TUA BELDADE

Rosa pendida

Compreendo hoje tua reverência...

É também meu pendor, minha penitência

A Ela, a culpada do beijo - A Vênus Despida!

Se enrubesces, rosa branca,

Tu, que de Afrodite guardas a tez

Rogo a Dioniso o vinho, a placidez,

A coragem que não tive da palavra franca...

Ornas, porém, cruel destino!

Do trovador que busca na pequenez o hino

O Mortal e a Flor, de Tua impiedade...

Ornastes um dia os Jardins Suspensos!

Babilônia! As epopeias perdiam-se em clamores imensos

Mas minhas odes e juras, apagavam-se ante a beldade!

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Observação

1 - “Vênus Despida” - Também conhecida como "Vênus Desnuda” ou “Vênus de Milo”, foi uma escultura da Grécia Antiga tida como "ideal de beleza e tradição clássica"

2 - O texto fala da rosa branca e do escritor, ambos se sentindo indignos da Musa (bealdade) em questão! (A rosa em ornar, o escritor em escrever)

André da Costa
Enviado por André da Costa em 16/12/2023
Reeditado em 16/12/2023
Código do texto: T7955180
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