TUA BELDADE
Rosa pendida
Compreendo hoje tua reverência...
É também meu pendor, minha penitência
A Ela, a culpada do beijo - A Vênus Despida!
Se enrubesces, rosa branca,
Tu, que de Afrodite guardas a tez
Rogo a Dioniso o vinho, a placidez,
A coragem que não tive da palavra franca...
Ornas, porém, cruel destino!
Do trovador que busca na pequenez o hino
O Mortal e a Flor, de Tua impiedade...
Ornastes um dia os Jardins Suspensos!
Babilônia! As epopeias perdiam-se em clamores imensos
Mas minhas odes e juras, apagavam-se ante a beldade!
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Observação
1 - “Vênus Despida” - Também conhecida como "Vênus Desnuda” ou “Vênus de Milo”, foi uma escultura da Grécia Antiga tida como "ideal de beleza e tradição clássica"
2 - O texto fala da rosa branca e do escritor, ambos se sentindo indignos da Musa (bealdade) em questão! (A rosa em ornar, o escritor em escrever)