ARMA

Eu poderia escrever,

mas nasceria uma poesia espinhosa.

A Ti, só as rosas.

Peço licença aos poetas,

pois a terra está fértil,

preciso aqui plantar sementes.

Faço um jardim para que

(não)

seja um cemitério de palavras.

O moinho de ventos era real,

os sentimentos se convergem na memória.

Se tornam figuras do tempo pretérito

que poderiam ser tempo presente.

Se ele é uma chama que arde sem cessar,

não deixaria de queimar esse antipoético,

que não planta flores,

tampouco dança a valsa fúnebre,

mas como és um bom pastor,

apenas recolhe

os restos

das palavras

que traduzem

o verbo

engatilhado:

AMAR.

12/12/2023. | 14h

Jorge Barbosa.

Jorges Barbosa
Enviado por Jorges Barbosa em 15/12/2023
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